Principais Complicações da Retirada de Tumor Musculoesquelético

Quais são as principais complicações após uma cirurgia de retirada de tumor musculoesquelético?

A ressecção de tumores músculo-esqueléticos na oncologia ortopédica é um procedimento cirúrgico crucial para o tratamento dessas doenças. Embora seja uma etapa essencial, existem complicações pós-operatórias que podem surgir e requerem atenção adequada por parte da equipe médica.

Uma das principais complicações é a infecção pós-operatória. Como qualquer outra cirurgia, a ressecção de tumores músculo-esqueléticos pode resultar em infecção no local da incisão ou nos tecidos circundantes. A infecção pode causar febre, vermelhidão, inchaço e dor intensa. É essencial que os pacientes sejam monitorados de perto após a cirurgia e recebam antibióticos adequados para prevenir e tratar infecções.

Outra complicação comum é a formação de hematomas ou seromas. Durante a ressecção do tumor, pequenos vasos sanguíneos podem ser danificados, resultando em acúmulo de sangue ou líquido no local da cirurgia. Isso pode levar à formação de hematomas ou seromas, que podem causar dor e inchaço. Em casos graves, essas coleções de sangue ou fluido podem precisar ser drenadas. 

A deiscência de sutura também é bastante frequente, é a abertura dos pontos após a cirurgia, ela geralmente decorre do aumento excessivo de líquido (seroma/hematoma) na ferida operatória, esse líquido é gerado pelo próprio corpo para preencher o local onde anteriormente estava o tumor. Para fechar a ferida operatória novamente pode ser necessária uma nova cirurgia ou trocas frequentes com curativos para auxiliar na cicatrização. 

Além disso, a perda de sangue durante a cirurgia pode levar à anemia pós-operatória. A perda significativa de sangue pode resultar em fadiga, fraqueza e falta de energia. Em alguns casos, pode ser necessário realizar transfusões sanguíneas para restaurar os níveis adequados de hemoglobina e melhorar a condição do paciente.

Complicações específicas do sistema musculoesquelético também podem ocorrer. A ressecção de tumores próximos a articulações ou estruturas ósseas importantes pode afetar a função e a estabilidade dessas áreas. A reabilitação física e a terapia ocupacional desempenham um papel crucial na recuperação funcional dos pacientes, auxiliando na restauração da mobilidade e no fortalecimento muscular.

Em alguns casos raros, complicações graves, como problemas de cicatrização de feridas, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar, podem ocorrer. Essas complicações exigem intervenção médica imediata e podem prolongar o tempo de recuperação do paciente.

É importante ressaltar que as complicações pós-operatórias podem variar de acordo com o tipo e a localização do tumor, bem como a condição geral de saúde do paciente. A prevenção e o tratamento adequados dessas complicações são fundamentais para garantir uma recuperação bem-sucedida e minimizar os impactos adversos após a ressecção de tumores músculo-esqueléticos na oncologia ortopédica.